O que é:B37.2 Candidíase da pele e das unhas

O que é: B37.2 Candidíase da pele e das unhas

A candidíase da pele e das unhas, classificada como B37.2 no Código Internacional de Doenças (CID), é uma infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, que é normalmente encontrado na flora microbiana do corpo humano. Essa condição pode afetar diversas áreas da pele, como dobras cutâneas, e também as unhas, levando a sintomas desconfortáveis e alterações visíveis na pele e nas unhas. A candidíase é mais comum em indivíduos com sistema imunológico comprometido, diabetes, obesidade ou que utilizam antibióticos de forma prolongada.

Etiologia da Candidíase da Pele e das Unhas

A etiologia da candidíase da pele e das unhas está diretamente relacionada ao crescimento descontrolado do fungo Candida, que pode ser desencadeado por fatores como umidade excessiva, uso de roupas apertadas e inadequadas, e condições que favorecem a maceração da pele. O fungo Candida albicans é o mais frequentemente associado a essas infecções, embora outras espécies, como Candida glabrata e Candida tropicalis, também possam estar envolvidas. A infecção pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais prevalente em áreas quentes e úmidas, como axilas, virilha e entre os dedos.

Fatores de Risco

Os fatores de risco para o desenvolvimento da candidíase da pele e das unhas incluem diabetes mellitus, obesidade, uso de corticosteroides, e condições que afetam o sistema imunológico, como HIV/AIDS ou tratamentos quimioterápicos. Além disso, a utilização de antibióticos pode alterar a flora bacteriana normal, permitindo que o fungo Candida prolifere. A higiene inadequada e o uso de produtos irritantes na pele também são fatores que podem contribuir para o surgimento da infecção.

Manifestações Clínicas

As manifestações clínicas da candidíase da pele incluem eritema, prurido intenso, descamação e formação de pápulas ou vesículas. Nas unhas, a infecção pode levar a alterações na coloração, espessamento e fragilidade das unhas, além de dor e desconforto. A candidíase pode se apresentar como uma erupção cutânea avermelhada, frequentemente acompanhada de secreção esbranquiçada, que pode ser confundida com outras condições dermatológicas, como dermatite ou infecções bacterianas.

Diagnóstico

O diagnóstico da candidíase da pele e das unhas é geralmente clínico, baseado na avaliação dos sintomas e na aparência das lesões. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames laboratoriais, como a cultura do fungo, para confirmar a presença de Candida. A biópsia da pele também pode ser indicada em casos mais complexos, para excluir outras condições dermatológicas que possam simular a candidíase.

Tratamento

O tratamento da candidíase da pele e das unhas envolve a utilização de antifúngicos tópicos, como cremes ou pomadas, que são aplicados diretamente nas áreas afetadas. Em casos mais severos ou quando a infecção se espalha, antifúngicos orais podem ser prescritos. Além disso, é fundamental adotar medidas de higiene adequadas, manter a pele seca e arejada, e evitar o uso de roupas apertadas que possam favorecer a umidade.

Prevenção

A prevenção da candidíase da pele e das unhas envolve práticas de higiene rigorosas, como manter a pele limpa e seca, especialmente em áreas propensas à umidade. O uso de roupas de algodão e a evitação de roupas sintéticas e apertadas também são recomendados. Para indivíduos com fatores de risco, como diabetes, é crucial manter o controle da glicemia e seguir as orientações médicas para prevenir infecções fúngicas.

Prognóstico

O prognóstico para a candidíase da pele e das unhas é geralmente bom, especialmente quando o tratamento é iniciado precocemente. A maioria dos casos responde bem à terapia antifúngica, e as lesões tendem a cicatrizar sem deixar sequelas. No entanto, em indivíduos com condições subjacentes que comprometem o sistema imunológico, a candidíase pode se tornar recorrente, exigindo um manejo mais cuidadoso e contínuo.

Considerações Finais

A candidíase da pele e das unhas é uma condição comum que pode causar desconforto significativo, mas que é tratável e prevenível. A conscientização sobre os fatores de risco e a adoção de medidas preventivas são essenciais para reduzir a incidência dessa infecção fúngica. O acompanhamento médico é fundamental para garantir um tratamento eficaz e para monitorar possíveis recorrências.