O que é:B08.5 Faringite vesicular devida a enterovírus

O que é: B08.5 Faringite vesicular devida a enterovírus

A Faringite vesicular devida a enterovírus, classificada sob o código B08.5, é uma infecção viral que afeta principalmente a faringe e é caracterizada pela presença de vesículas ou bolhas na mucosa da garganta. Essa condição é frequentemente associada a surtos em crianças, especialmente em ambientes escolares, onde a transmissão do vírus é facilitada pelo contato próximo entre os indivíduos. Os enterovírus são uma família de vírus que incluem o vírus Coxsackie e o vírus Echo, os quais são os principais responsáveis por essa patologia.

Etiologia e transmissão

A etiologia da faringite vesicular está relacionada à infecção por enterovírus, que são transmitidos principalmente por via fecal-oral, mas também podem ser disseminados por gotículas respiratórias. A infecção ocorre frequentemente em períodos de clima quente e úmido, quando a circulação dos vírus é mais intensa. A transmissão pode ocorrer através do contato com superfícies contaminadas, objetos pessoais ou diretamente entre indivíduos, especialmente crianças, que são mais suscetíveis a essa infecção.

Manifestações clínicas

Os sintomas da faringite vesicular geralmente se iniciam de forma abrupta, com queixas de dor de garganta, febre e mal-estar geral. A presença de vesículas dolorosas na faringe e na boca é uma característica marcante da condição. Essas lesões podem causar dificuldade para engolir e, em alguns casos, podem estar associadas a lesões semelhantes nas mãos e nos pés, configurando a síndrome mão-pé-boca, que é frequentemente causada pelos mesmos vírus.

Diagnóstico

O diagnóstico da faringite vesicular é predominantemente clínico, baseado na avaliação dos sintomas e na observação das lesões vesiculares. Em casos mais complexos, pode ser necessário realizar exames laboratoriais, como a cultura viral ou a detecção de RNA viral por PCR, para confirmar a presença do enterovírus. A diferenciação entre a faringite vesicular e outras condições que causam dor de garganta, como a faringite estreptocócica, é essencial para o manejo adequado do paciente.

Tratamento

O tratamento da faringite vesicular é geralmente sintomático, uma vez que a infecção é autolimitada e não requer terapia antiviral específica. O manejo inclui o uso de analgésicos e antipiréticos para aliviar a dor e a febre, além de medidas de suporte, como a hidratação adequada e a ingestão de alimentos macios. Em casos de dor intensa, podem ser indicados géis anestésicos tópicos para a mucosa oral. É importante ressaltar que antibióticos não são eficazes, pois a causa é viral.

Prevenção

A prevenção da faringite vesicular envolve medidas de higiene rigorosas, como a lavagem frequente das mãos e a desinfecção de superfícies em ambientes onde há crianças. A educação sobre a importância de evitar o compartilhamento de utensílios pessoais e a permanência em casa durante episódios de doença também são fundamentais para reduzir a disseminação do vírus. Durante surtos, é aconselhável que as crianças evitem frequentar escolas e creches até a completa recuperação.

Prognóstico

O prognóstico para a faringite vesicular é geralmente favorável, com a maioria dos pacientes apresentando melhora significativa em poucos dias. Complicações são raras, mas podem incluir desidratação em crianças pequenas devido à dificuldade em ingerir líquidos. O acompanhamento médico é recomendado em casos de sintomas persistentes ou agravantes, para garantir que não haja outras condições subjacentes que necessitem de atenção.

Considerações finais

A faringite vesicular devida a enterovírus é uma condição comum, especialmente em crianças, e embora possa ser desconfortável, é geralmente autolimitada. A conscientização sobre os sintomas e a adoção de práticas preventivas são essenciais para controlar a disseminação do vírus e proteger a saúde das crianças e da comunidade em geral.