O que é:B16.0 Hepatite aguda B com agente Delta (co­infecção), com coma hepático

O que é: B16.0 Hepatite aguda B com agente Delta (co­infecção), com coma hepático

A hepatite aguda B com agente Delta, classificada como B16.0, é uma infecção viral que ocorre quando uma pessoa é infectada simultaneamente pelo vírus da hepatite B (VHB) e pelo vírus Delta (VHD). O VHD é um vírus que depende do VHB para se replicar, o que torna a co-infecção particularmente grave. Essa condição pode levar a complicações severas, incluindo o coma hepático, que é uma condição crítica onde o fígado não consegue mais desempenhar suas funções vitais, resultando em uma série de disfunções metabólicas e neurológicas.

Transmissão do Vírus

A transmissão da hepatite B e do agente Delta ocorre principalmente por meio do contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen e fluidos vaginais. Isso pode acontecer através de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e de mãe para filho durante o parto. A co-infecção com o agente Delta é mais comum em populações de alto risco, como usuários de drogas injetáveis e pessoas com múltiplos parceiros sexuais.

Sintomas da Hepatite Aguda B com Agente Delta

Os sintomas da hepatite aguda B com agente Delta podem variar de leves a severos. Os sinais iniciais incluem fadiga, febre, dor abdominal, náuseas e icterícia, que é a coloração amarelada da pele e dos olhos. À medida que a infecção progride, pode ocorrer uma deterioração rápida da função hepática, levando ao coma hepático. Este estado é caracterizado por confusão mental, sonolência extrema e, em casos graves, perda de consciência.

Diagnóstico da Co-infecção

O diagnóstico da hepatite aguda B com agente Delta é realizado através de exames laboratoriais que detectam a presença de antígenos e anticorpos específicos no sangue. Os testes mais comuns incluem o HBsAg (antígeno da hepatite B) e o anti-HDV (anticorpo do vírus Delta). A combinação desses testes ajuda a confirmar a co-infecção e a avaliar a gravidade da doença.

Tratamento e Manejo Clínico

O tratamento da hepatite aguda B com agente Delta é complexo e deve ser supervisionado por um profissional de saúde. Não existem antivirais específicos para o VHD, mas o manejo da hepatite B pode incluir o uso de medicamentos antivirais, como a tenofovir ou a entecavir. Em casos de coma hepático, a hospitalização é frequentemente necessária, e o tratamento pode envolver suporte intensivo, incluindo cuidados com a função hepática e monitoramento neurológico.

Complicações Associadas

A co-infecção por hepatite B e Delta pode levar a várias complicações graves, incluindo a progressão para hepatite fulminante, que é uma forma aguda e severa da doença que pode resultar em insuficiência hepática. Além disso, a hepatite crônica pode se desenvolver, aumentando o risco de cirrose e câncer de fígado. O acompanhamento médico regular é crucial para monitorar a saúde do fígado e detectar quaisquer complicações precoces.

Prevenção da Hepatite B e Delta

A prevenção da hepatite B e da co-infecção com o agente Delta envolve práticas de saúde pública, como a vacinação contra a hepatite B, que é altamente eficaz. Além disso, é fundamental promover a educação sobre práticas sexuais seguras, o uso de agulhas descartáveis e a triagem de doadores de sangue para evitar a transmissão do vírus. A conscientização sobre os riscos associados à co-infecção é essencial para reduzir a incidência dessa condição.

Prognóstico e Expectativa de Vida

O prognóstico para pacientes com hepatite aguda B com agente Delta varia dependendo da gravidade da infecção e da rapidez com que o tratamento é iniciado. Em muitos casos, a recuperação completa é possível, mas a co-infecção pode resultar em complicações a longo prazo. A expectativa de vida pode ser afetada se a condição evoluir para hepatite crônica ou cirrose, tornando o acompanhamento médico contínuo fundamental para a gestão da saúde hepática.